top of page

É por você, ou por prestígio? O complexo de inferioridade

  • Foto do escritor: Ricardo Backes
    Ricardo Backes
  • 4 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Um complexo de inferioridade pode fazer você criar infinitas complicações e caminhos mais difíceis que no fim se tornam infrutíferos. O que resta é a esperança de no fim ter se diferenciado, de ter sido autêntico.


São dificuldades auto impostas que tornam suas atividades, práticas, relações um tormento porque você sempre poderia ter feito melhor, ou nunca está complexo, elaborado, bem feito o suficiente.


Você busca se diferenciar, mas tudo o que quer é fugir de ser quem você é, o que inclui suas limitações e vulnerabilidade na jogada.


Você não pode se permitir ser simples, pois seria igual a todo mundo e não há nada digno de prestígio nisso. Mas a questão é: se você não pode em algum lugar ser igual a todo mundo, como você vai se conectar com as pessoas? Sentir que pertence a algum lugar?


Como você não se permite ser menos do que acha que deveria ser, fica preso em uma percepção de que sempre tem que fazer algo a mais, mesmo que já tenha feito o melhor possível. A expectativa é insaciável.


O complexo de inferioridade te coloca em uma busca insaciável de prestígio.


Faz você se afastar de você em infinitos planos e estratégias sobre como você pode ser MAIS e MELHOR.


Observe como o termo "melhor versão" é popular.


Se você já assistiu Kung Fu Panda, lembrará de uma cena, em que Po tenta fugir do santuário e Mestre Shifu o impede. O diálogo deles, se me lembro bem, é o seguinte:


Po: "toda vez que você me ofendia machucava, mas não poderia machucar mais do que ser eu mesmo. Eu fiquei porque pensei que se houvesse alguém que pudesse mudar isso, poderia fazer eu não ser eu, seria você, o maior mestre de Kung Fu da China"


Quando Po ganha o pergaminho não há nada escrito, o pergaminho é só um espelho, então Po percebe que para ser o Dragão Guerreiro ele deve ser quem ele é, "O grande gordo panda" como ele se refere a si próprio na frente de Tai Lung.


É interessante observar que o Kung Fu de Po é completamente diferente de todos outros, uma arte que se adapta ao corpo dele, a quem ele é, e não algo irrealista que imita alguém, é igual a algum mestre, é ele mesmo, simples assim.


Enquanto você agir como Po no começo do filme buscando algo ou alguém que torne você em um "não você", então nunca irá olhar para quem você pode ser, ou para quem é, mas sim para o abismo entre o que você é e o que espera ser, e lá você faz sua morada, no vazio.


É um olhar que sempre buscará o inalcançável, um olhar incapaz de reconhecer satisfação, realização, progresso.


Um olhar que só é capaz de reconhecer o abismo entre quem você acha que deveria ser e quem você é.


Exceto que por um grande esforço você chegue "lá" ou perto de "lá", e quando chegar vai perceber que é vazio. Porque você não trouxe a si mesmo para viver seu sonho.


Compromissos, técnicas, estratégias e planos vazios de sentido se tornam superficiais porque você nunca se pergunta: qual valor isso tem para mim? É quem eu sou ou é por prestígio? Estou querendo não ser eu para quê? Para quem?


Se você quiser começar a olhar para isso com outros olhos, e ter a possibilidade de quebrar esse ciclo, fazer análise pode te ajudar a alcançar isso. Se você gostaria de mais informações ou agendar, clique aqui.


Até a próxima!


Ricardo Sergio Backes Bertuol

Psicólogo CRP 08/32882

Comentários


Contato

Quer agendar sua primeira sessão ou tirar dúvidas? Escolha sua opção:

Inscreva-se para receber atualizações exclusivas do blog

Obrigado(a)!

Ricardo Sergio Backes Bertuol

Psicólogo CRP: 08/32882

Psicoterapia online e presencial em Francisco Beltrão

bottom of page