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Análise Junguiana

O analista não está lá "só para perguntar, mas também para responder; não mais como superior, perito, juiz e conselheiro, mas como alguém que vivencia junto, que no processo dialético se encontra em pé de igualdade com aquele que ainda é considerado o paciente" - Jung 16/1

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A jornada para além da superfície

"A consciência humana ainda não alcançou um grau razoável de continuidade. Ela é vulnerável à fragmentação. Isolar partes da mente é valioso, mas também nos faz perder o essencial." — Carl Jung

Nosso consciente — aquilo que chamamos de "eu" — é como um farol: ilumina objetivos, hábitos e decisões, mas deixa na escuridão tudo que não serve ao momento. Jung nomeou essa escuridão de **inconsciente**, um território onde emoções, memórias e aspectos rejeitados ganham vida própria.

Não se trata de falhas ou fraquezas.


É sobre entender que, para manter o foco, excluímos involuntariamente partes de nós mesmos. Esses fragmentos esquecidos, chamados por Jung de Sombra, não desaparecem. Eles se organizam em complexos: micropersonalidades que agem em você, mas sem você.

Como os Complexos Moldam Sua Vida?

Imagine uma voz interna que critica cada passo seu, mesmo quando você já fez o suficiente. Ou uma autocobrança que drena suas energias, como se um juiz implacável vivesse dentro de você. Esses padrões não são "defeitos". São complexos ativos — estruturas inconscientes formadas por emoções, memórias e perspectivas excluídas.

 

Exemplo Prático:

Se você se cobra até o esgotamento, pode descobrir que essa exigência nasceu em situações onde precisou provar seu valor a pessoas importantes. Com o tempo, o padrão se tornou compulsivo: mesmo sem motivo, você repete a mesma dinâmica no trabalho, nos relacionamentos e até consigo mesmo.

O complexo, então, não é um inimigo. É um "sistema de autoproteção" que perdeu o controle.

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O Método: Integrar, Não Eliminar

Meu trabalho não é "consertar" você. É ajudar a reconhecer e dialogar com o que foi relegado ao inconsciente.

 

Como Funciona:

1. Mapear a Fragmentação: 
    Identificamos padrões repetitivos (como autocobrança excessiva ou dificuldades em relacionamentos) e rastreamos suas raízes em experiências não integradas.
    
2. Conscientizar-se sobre a Sombra:
    Usamos sonhos, símbolos e situações cotidianas como portas para o inconsciente. O objetivo não é "analisar", mas permitir que os complexos se revelem em seu próprio idioma.
    
3. Reduzir a Autonomia dos Complexos:
    Quando um padrão nocivo é trazido à consciência, ele perde parte de seu poder. Aos poucos, você deixa de ser refém de dinâmicas que pareciam inevitáveis.
    
4. Cultivar a Totalidade: 
    Integrar a Sombra não é "aceitar derrotas". É reconhecer que até o que rejeitamos em nós carrega potência. A cura está em ampliar quem você é, não em ajustar-se a um ideal.
    

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Por Que Isso Importa?

Queremos ser a pessoa ideal que imaginamos, e por isso não suportamos ver o que nos desagrada. Mas a conscientização do excluído diminui sintomas e abre espaço para uma vida mais autêntica.

A terapia não é sobre "vencer" a ansiedade ou a autocobrança. É sobre entender por que esses padrões existem e como eles tentam, à sua maneira, protegê-lo, ou seja, o papel que exercem hoje. Quando olhamos para eles com curiosidade (não julgamento), começamos a escrever uma nova história.

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Convite à Travessia

Se você se reconhece em ciclos repetitivos ou sente que algo em você age sem sua permissão, talvez seja hora de explorar o inconsciente. Não há respostas rápidas ou fórmulas. Há um processo paciente de recolher fragmentos e tecê-los em uma narrativa mais completa.

Um primeiro passo possível:
Entre em contato para uma conversa inicial. Juntos, podemos descobrir quais partes de você aguardam diálogo — e como integrá-las à luz da consciência.

Com respeito à complexidade que nos habita,
Ricardo.

Como é na prática?

A Jornada Artesanal do Autoconhecimento

Cada caminho terapêutico é único, mas compartilha movimentos que se entrelaçam como fios de uma tapeçaria. Não há roteiro pré-definido, apenas etapas que surgem organicamente conforme você se permite explorar.

I. Acolhendo a História

Contar sua própria história é o primeiro ato de escuta.
Começamos criando um espaço onde você pode narrar sua vida — do presente ao passado, na ordem e no ritmo em que você sentir segurança. Não se trata de "explicar" ou "justificar", mas de ouvir a si mesmo falar, como quem descobre ecos esquecidos em uma sala vazia.

II. Mapas Invisíveis

Padrões são trilhas que desenhamos sem saber.
Aos poucos, surge uma curiosidade: por que certas situações se repetem? Por que a autocobrança, a hesitação ou aquele jeito específico de reagir ao mundo? Você percebe que nunca parou para seguir o fio dessas perguntas — e agora ele está em suas mãos.

III. Raízes e Razões

Nada surge do nada, nem mesmo o que nos machuca.
Aqui, investigamos a origem dos padrões. Qual história eles carregam? Como aprenderam a se proteger ou a sobreviver em seu interior? E, principalmente: qual função ainda cumprem hoje? Nenhum hábito é "errado". Ele é um mensageiro de necessidades não atendidas. Aqui podemos enfrentar sentimentos de culpa e o peso de nossa responsabilidade diante da nossa própria vida.

IV. Terreno do Novo

Experimentar é plantar sementes em solo desconhecido.
Com insights em mãos, você começa a testar novas formas de agir, pensar e sentir. Não há "técnicas" ou "deveres", apenas tentativas orgânicas — como um artista que mistura cores inéditas em sua paleta. Algumas darão frutos; outras, não. Todas são parte do processo.

V. Colheita Consciente

Nem todo fruto está maduro para ser colhido.
Refletimos juntos: o que funcionou? O que gerou mais conflito? O que merece ser cultivado e o que precisa ser replantado? Este não é um julgamento, mas um discernimento gentil — como separar grãos saudáveis daqueles que ainda precisam de tempo.

VI. Arte Aplicada à Vida

Mudar é esculpir a própria argila, não trocar de forma.
As transformações começam a se concretizar. Novos hábitos, perspectivas e respostas emocionais ganham espaço. Mas aqui, surgem desafios: falhas, recaídas, surpresas. Não é uma linha reta; é um rio com curvas, pedras e momentos de calmaria. E estamos juntos para navegá-lo.

VII. Oficina Contínua

Refinar é reconhecer que a obra nunca está pronta.
O processo se repete, mas cada ciclo traz mais clareza. Padrões que antes pareciam impossíveis de superar tornam-se diferentes; respostas automáticas dão lugar a escolhas conscientes. Você aprende a ajustar a rota, como um ourives que polirá pedra por pedra.

VIII. Caminhos que se Entrelaçam

A vida não segue números
Essas etapas não são degraus. Podem acontecer simultaneamente, em ordem inversa ou se fundirem. O que importa é que o processo respeite seu tempo — porque autoconhecimento é arte, não produção em massa.

Convite à Obra-Prima Inacabada

Se você está disposto a pegar o cinzel e esculpir sua própria história, convido-o a começar essa jornada. Não prometo respostas, mas companhia honesta na exploração do que você é — e do que ainda pode vir a ser.

Com respeito ao artesão que há em você,
Ricardo.

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Como funcionam as sessões?

Vou descrever aqui detalhes mais objetivos sobre o funcionamento das sessões.

Atendo em maioria no formato online, mas também presencial em Francisco Beltrão.

Qual o tempo de duração?

As sessões duram 50 minutos podendo se estender até 60 minutos caso necessário.

Qual plataforma usamos?

Utilizo o google meet, mas podemos utilizar outras caso for necessário.

O que precisa para a sessão?

No online é preciso uma boa conexão com a internet, fones de ouvido e um espaço reservado apenas para você onde você se sinta bem e confortável.

Como é o primeiro contato?

Você pode me enviar mensagem no Whatsapp, tirar suas dúvidas e se fizer sentido podemos marcar um breve horário de alinhamento de 20 minutos para conversarmos sobre o seu processo e você me conhecer melhor, caso deseje agendar, entre em contato pelo Whatsapp ou Instagram, te aguardo por lá!

Como são as sessões?

As sessões são em aberto, você pode começar por onde quiser que vamos explorando esse universo juntos.

Pode até dar a impressão de ser algo aleatório ou sem sentido, mas não me canso de ver na prática que as coisas vão sempre se juntando e mostrando os padrões das atitudes, não importa por onde começamos, vamos falar de coisas importantes para você, e elas vão acabar se conectando porque o elo que todas elas tem é você!

Ricardo Sergio Backes Bertuol

Psicólogo CRP: 08/32882

Psicoterapia online e presencial em Francisco Beltrão

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